sexta-feira, 6 de setembro de 2013

Tema : Educação Ambiental



A Educação é a base para o desenvolvimento de um país, pois através dela as pessoas têm subsídios para exigir seus direitos e cumprir os seus deveres, ou seja, as pessoas têm condições de desempenhar o seu papel de cidadão. É a participação cidadã que surge como "mola-mestra" na solução dos problemas ambientais e na proposta de conviver em sociedade e com a natureza. E a participação pode se dar nos mais diversos níveis: no caso da participação em relação à resolução dos problemas ambientais, ela é a principal das profundas transformações que estão ocorrendo para assegurar a convivência democrática, sustentável e harmônica dos seres humanos entre si e com o ambiente.
Nesse processo, a Educação Ambiental entra não somente como uma passagem de informações - como ocorre geralmente com a Educação Tradicional - mas também na aplicação dessas informações como forma de mudança de comportamentos e atitudes em relação aos problemas ambientais. E quem já aprendeu - o Educador Ambiental - pode partilhar com quem apenas inicia esta jornada - os alunos - que serão transmissores desses conhecimentos aos seus pais, vizinhos, amigos, enfim, como se fosse através de uma corrente, pois, ao contrário do que Paulo Freire decidiu chamar de "Educação Bancária", caracterizada pelo acúmulo de informações "pré-fabricadas" sem conexão com o potencial de "evocação" existente em qualquer aprendizagem, a Educação Ambiental se baseia na premissa de que é na reflexão sobre a ação individual e coletiva em relação ao meio ambiente que se dá o processo de aprendizagem. Ou seja, ela vem da emergência de uma percepção renovada de mundo chamada de holística. Em outras palavras, é uma forma íntegra de ler a realidade e atuar sobre ela através de uma visão de mundo como um todo, não podendo ser reduzida só a um departamento, uma disciplina ou programa específico. Daí a necessidade de ligar ações multi e interdisciplinares à Educação Ambiental - contando com a ajuda de profissionais ligados à área da Educação como também a Biologia, Artes, Ecologia, Geografia, História, Matemática, Português, enfim, todos aqueles que trabalham como professores das disciplinas básicas nas escolas de primeiro e segundo graus, sendo disseminadores desses conhecimentos que serão inseridos na vida cotidiana de todos os indivíduos.
A Educação Ambiental é uma proposta de filosofia de vida que resgata valores éticos, estéticos, democráticos e humanistas. Ela parte de um princípio de respeito pela diversidade natural e cultural, que inclui a especificidade de classe, etnia e gênero, defendendo, também, a descentralização em todos os níveis e a distribuição social do poder, como o acesso à informação e ao conhecimento. A Educação Ambiental visa modificar as relações entre a sociedade e a Natureza, a fim de melhorar a qualidade de vida, propondo a transformação do sistema produtivo e do consumismo em uma sociedade baseada na solidariedade, afetividade e cooperação, ou seja, visando a justa distribuição de seus recursos entre todos.
Para viver nosso cotidiano de maneira mais coerente com os ideais de uma sociedade sustentável e democrática, é necessária uma educação que repense velhas fórmulas de vida, propondo ações concretas para transformar nossa casa, rua, bairro, enfim, comunidades, sejam elas no campo ou na cidade, na fábrica, na escola ou no escritório.


Texto: Biólogo João Luís de Abreu Vieira
Para maiores informações acesse o link: http://educar.sc.usp.br/biologia/textos/m_a_txt8.html
Foto: Manifestação Dia Mundial do Meio Ambiente - Almenara. MG

UM POUCO DA HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL

Considerando os limites deste texto, centraremos nossa apresentação histórica da Educação Ambiental nos principais eventos que marcaram o tema no Brasil e no mundo, a partir da década de 1970, quando se intensificaram as discussões acerca do tema.
Inicialmente, os sistemas educacionais incorporavam conteúdo relativo ao meio ambiente, limitando-se aos aspectos do ambiente natural, sem a incorporação das ciências sociais (como História, Sociologia, Economia, Filosofia) na compreensão e melhoria do meio humano. Agregavam conhecimentos sobre os ecossistemas sem a preocupação com o desenvolvimento de comportamentos e valores nos sujeitos da educação, que pudessem orientá-los na construção de uma sociedade em harmonia com a natureza, observando os conceitos do Desenvolvimento Sustentável.

Para resgatar a história dos movimentos sociais, é necessário voltar ao século XIX, quando a primeira ação organizada de ambientalistas americanos culminou com a criação do primeiro parque nacional do mundo, o parque de Yellowstone, nos Estados Unidos, em 1872. Nessa época se instituiu que a responsabilidade em garantir a integridade do meio natural cabia ao governo.
No entanto, pode-se dizer que os movimentos ambientalistas começaram a se intensificar e a envolver a sociedade a partir da década de 1960. Países como a França, Estados Unidos, Alemanha e Inglaterra modificaram suas leis e suas instituições, alarmados com os problemas ambientais. O objetivo era a conservação e a recuperação do meio ambiente e dos recursos hídricos.
Ainda na mesma década, percebeu-se, nos países do hemisfério norte, a necessidade de articulação internacional diante da crise ambiental.

Primeiras manifestações em defesa do meio ambiente

O primeiro registro representativo foi o Clube de Roma, que surgiu em 1968 na academia de Lincei em Roma. Composto por cientistas de vários países, tinha o objetivo de discutir e propor soluções a problemas complexos que surgiram com o crescimento da população mundial.
Dessas reuniões, resultou um relatório redigido por Dennis Meadows “The limits of Grouth” – Limites do Crescimento, em 1971. Então, foi apresentado um modelo matemático que embasava o estudo sobre o crescimento e mostrava que efeitos catastróficos ocorreriam em longo prazo, decorrência do crescimento demográfico.
Esses efeitos desastrosos seriam doença, fome, poluição, falta de recursos renováveis que levariam à grande mortandade e, consequentemente, à diminuição da população.

Conferência de Estocolmo - Ocorreu de 5 a 16 de junho de 1972. Destacava os problemas da natureza, tendo elaborado metas ambientais e sociais cuja atenção centrava nos países em via de desenvolvimento. O eixo principal da Conferencia foi Meio Ambiente versus Desenvolvimento.
A conferência gerou a Declaração sobre o Ambiente Humano, que estabelece princípios que serviriam de inspiração e orientação para a preservação e melhoria do ambiente humano. Este documento, entre outros princípios, recomenda que seja estabelecido um programa internacional de Educação Ambiental.

Educação Ambiental - Márcia Aparecida de Oliveira Seco, Elizabete Satsuki Sekine
HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL - Continuação

Foto: Soltura de 20.000 alevinos no Rio Jequitinhonha - Almenara - MG

PIEA - Programa Internacional de Educação Ambiental

É um programa de enfoque interdisciplinar, com caráter escolar e extraescolar, para envolvimento de todos os níveis de ensino, dirigido ao público em geral, jovem e adulto indistintamente, com vista a ensinar-lhes as medidas simples que, dentro de suas possibilidades, possam tomar para ordenar e controlar seu meio. Se deu em 1975 Belgrado, antiga Iugoslávia. 
Igualmente aí, foi elaborada a Carta de Belgrado, que veio a ser um dos mais importantes documentos sobre a questão ambiental na época, devido à lucidez de seu conteúdo.
Essa carta trata da necessidade de uma nova ética global, capaz de promover a erradicação da pobreza, da fome, do analfabetismo, da poluição, da exploração e da dominação humana. Também censura o desenvolvimento de uma nação à custa de outra e acentua a vantagem de formas de desenvolvimento que beneficiem toda a humanidade.
- O marco seguinte foi em 1977, com a Conferência de Tbilisi, considerada a Primeira Conferência Intergovernamental sobre Educação Ambiental organizada pela UNESCO, em cooperação com o PNUMA. Foi realizada em Tbilisi, capital da Geórgia, ex-União Soviética, em outubro de 1977.
São as ações propostas e decididas nestas conferencias que permeiam os programas que existem hoje em vários segmentos governamentais, sejam eles em nível federal, estadual ou municipal.
- Em agosto de 1987, no Congresso Internacional de Moscou, com suas fundamentações em Educação e Formação Ambientais (conhecido como Congresso de Moscou), reuniu trezentos especialistas de cem países. O objetivo do congresso foi discutir as dificuldades encontradas e os progressos alcançados pelos países com relação à Educação Ambiental.
Enfim, chegamos a um grande marco no histórico da Educação Ambiental. A Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento (Rio-92), realizada no Rio de Janeiro, em 1992, estabelece uma proposta de ação para os próximos anos, denominada Agenda 21.
O documento procura assegurar o acesso universal ao ensino básico. Com relação à Educação Ambiental, a Agenda 21, assim chamada por ser um programa de estratégias para alcançarmos o desenvolvimento sustentável no século XXI, reconhece a necessidade de considerar as questões educacionais fundamentais para a preservação dos recursos naturais e de criar nova ética ambiental.

Cinco anos após a conferência Rio-92, foi realizada a primeira reunião internacional não oficial para verificar os avanços alcançados (que ficou conhecida como Rio + 5). Paralelamente, foi realizada uma reunião oficial das Nações Unidas em Nova Iorque.
Nas duas reuniões foram avaliados os progressos alcançados com relação à Agenda 21. A conclusão foi que os avanços se revelaram insuficientes, sendo necessários esforços maiores, tanto dos governos como da sociedade, para a implementação efetiva do Desenvolvimento Sustentável.

Durante as discussões do Fórum, foi elaborado e aprovado o Tratado de Educação Ambiental para Sociedades Sustentáveis e Responsabilidade Global, uma orientação das ações da sociedade civil organizada nos anos posteriores.
Conferência Internacional de Thessaloniki em 1997, denominada Conferência Internacional sobre Ambiente e Sociedade: Educação e Conscientização Pública para a Sustentabilidade. Foi realizada em dezembro de 1997, em Tessalônica, Grécia. Contou com representantes de 83 países.
Nesta conferência, fez-se um balanço do que foi alcançado nos 20 anos que se passaram desde Tbilisi. Uma das observações da conferência foi a de que: “As recomendações e planos de ação da Conferência de Belgrado em Educação Ambiental (1975) e Tbilisi (1977), Moscou (1987) e Toronto (1992) são todavia válidas e ainda não totalmente exploradas”.

Educação Ambiental - Márcia Aparecida de Oliveira Seco, Elizabete Satsuki Sekine


quinta-feira, 5 de setembro de 2013

CONCEITOS E DEFINIÇÕES DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL


A evolução do conceito de EA está intimamente ligada à evolução do conceito de meio ambiente. Existem várias definições de Educação Ambiental. Iremos apresentar apenas algumas para que você possa compreender a complexidade da expressão.
Na Conferência de Tbilisi, a Educação Ambiental foi definida como uma dimensão dada ao conteúdo e à prática da educação, orientada para a resolução dos problemas concretos do meio ambiente através de um enfoque interdisciplinar e de uma participação ativa e responsável de cada indivíduo e da coletividade.

Na Agenda 21, a Educação Ambiental é definida como um processo que busca:
[...]) desenvolver uma população que seja consciente e preocupada com o meio ambiente e com os problemas que lhe são associados. Uma população que tenha conhecimentos, habilidades, atitudes,
motivações e compromissos para trabalhar, individual e coletivamente, na busca de soluções para os problemas existentes e para a prevenção dos novos [...] (Capítulo 36 da Agenda 21).

Na Conferência da Organização das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (Rio-92), a Educação Ambiental foi apresentada da seguinte maneira:
A educação ambiental se caracteriza por incorporar as dimensões socioeconômica, política, cultural e histórica, não podendo se basear em pautas rígidas e de aplicação universal, devendo considerar as condições e estágio de cada país, região e comunidade, sob uma perspectiva histórica. Assim sendo, a Educação Ambiental deve permitir a compreensão da natureza complexa do meio ambiente e interpretar a interdependência entre os diversos elementos que conformam o ambiente, com vista a utilizar racionalmente os recursos no presente e no futuro (DIAS, 1994).

Ou ainda, de acordo com a Política Nacional de Educação Ambiental (Lei nº 9.795/99), em seu artigo 1º: Entendem-se por Educação Ambiental os processos por meio dos quais o indivíduo e a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas para a conservação do meio ambiente, bem de uso comum do povo, essencial à sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade.



quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Formas de atuação na Educação Ambiental

Foto: Aula de apresentação no Fórum Nacional de Meio Ambiente - Poços de Caldas - MG

Ao trabalhar com Educação Ambiental, não basta que nos preocupemos apenas com o aspecto ecológico de uma questão.
A Educação Ambiental também incorpora dimensões sociais, políticas, econômicas, culturais, ecológicas e éticas, para a compreensão dos mecanismos de inter-relação natureza-homem.
Pode-se trabalhar com Educação Ambiental em três grandes áreas:

1. EDUCAÇÃO FORMAL
Desenvolvida nas escolas, em todos os níveis, não como disciplina específica, mas em todas as disciplinas, como elo que as interliga.

2. EDUCAÇÃO NÃO FORMAL
Direcionada à comunidade, como a visitantes de uma área de proteção ambiental, a uma empresa com seus funcionários, à educação ambiental feita nos bairros, entre tantas outras propostas possíveis. São desenvolvidas por associações de bairros, comerciais, industriais, organizações não governamentais ou por instituições de ensino, a exemplo dos cursos de extensão universitária.

3. EDUCAÇÃO INFORMAL
Transmitida, o próprio nome já o diz, de maneira informal, como as informações que são veiculadas pelos jornais, rádio, TV, filmes, peças teatrais, out-doors, traseiras de ônibus, em meio a outros.
Embora a EA possa ser feita da maneira formal, nas escolas, em todos os níveis de ensino, deve ser estendida, como educação não formal, ao público em geral.
Pode ser feita também em diversos segmentos da população, como organizações de bairros, empresas, associações, etc.

De acordo com a Conferência de Tbilisi, os princípios básicos da EA são os seguintes:
a) a EA deve considerar o meio ambiente em sua totalidade, ou seja, em seus aspectos naturais e criados pelo homem, tecnológicos, sociais, econômicos, políticos, histórico-culturais, morais e estéticos;
b) a EA deve ser um processo contínuo e permanente, começado pelo pré-escolar e continuando através de todas as fases do ensino formal e não formal;
c) a EA deve aplicar um enfoque interdisciplinar, aproveitando o conteúdo específico de cada disciplina, de modo que se adquira uma visão global;
d) a EA deve examinar as principais questões ambientais, do ponto de vista local, regional, nacional e internacional;
e) a EA deve ajudar a descobrir os sintomas e as causas reais dos problemas ambientais;
f) a EA deve destacar a complexidade dos problemas ambientais e, em consequência, a necessidade de desenvolver o senso crítico e as habilidades necessárias para resolver tais problemas;
g) a EA deve utilizar diversos ambientes educativos e métodos para comunicar e adquirir conhecimentos sobre o meio ambiente, dando ênfase às atividades práticas e às experiências pessoais.
De acordo com os princípios acima citados, a Educação Ambiental deve ser aplicada em todas as esferas da sociedade, com responsabilidades definidas em setores diferentes, sempre com o empenho de todos os cidadãos. Dessa forma, a EA atende ao principal objetivo que é mostrar que as pessoas são parte do meio ambiente e precisam adotar a prática de ações que contribuam para o equilíbrio ecológico.

Fonte: Educação Ambiental - Márcia Aparecida de Oliveira Seco, Elizabete Satsuki Sekine

terça-feira, 3 de setembro de 2013

Árvore-do-viajante



Esta planta embeleza o IFNMG - Campus Almenara, situada logo à frente da nossa recepção. Quem gosta de plantas ornamentais curta aí a sua descrição: A árvore-do-viajante é uma planta rizomatosa, de porte arbóreo, mas de textura semi-lenhosa. Ela tem um aspecto escultural e peculiar, próprio das estranhas e belas plantas de Madagascar. Suas folhas são enormes, como as folhas de bananeiras e sustentadas por longos e fortes pecíolos, dispostos em leque. Entre estes pecíolos, a planta acumula água, que serve para matar a sede dos viajantes, e que acabou lhe valendo o nome popular. Quando estes pecíolos caem, ficam cicatrizes no caule lenhoso à semelhança das palmeiras. Apesar se ser comumente confundida com um palmeira, a árvore-do-viajante é relacionada com as estrelítzias (Strelitzia sp).


segunda-feira, 11 de março de 2013

DIDÁTICA E METODOLOGIA DO ENSINO SUPERIOR À DISTÂNCIA




INSTITUTO FEDERAL DO NORTE DE MINAS GERAIS – IFNMG

Curso: Pós Graduação em EAD
Disciplina: Didática e Metodologia do Ensino Superior à Distância
Unidade: Didática do Ensino Superior e Organização do Trabalho Pedagógico
Professora: Lucienne Veloso Brito
Tutor: Daniela Rocha Silva
Aluno: Marival Pereira de Souza


R E S U M O


Iniciaremos este resumo fazendo uma reflexão sobre o texto de Emílio Prado da Fonseca (2012) quando diz – “Muitos professores que atuam no ensino não passaram por uma adequada preparação para assumir a função docente. Atua no campo educacional como forma de complementação da renda familiar e não como vocação ou atividade principal ou de dedicação exclusiva. Ou seja, ele “está” docente. O inverso também faz parte da realidade educacional brasileira, onde, os baixos salários obriga o professor a cumprir extensa carga horária de trabalho sem contar as tarefas extra-classe. Contudo, o docente precisa estar preparado, física, mental e intelectual para enfrentar esta situação e estar habilitado para tal.“
Para Sabino (citado por FARIAS et al., 2011, p.137) “[...] a docência não se restringe ao domínio do conteúdo, incidindo também sobre o “para que” e “como fazer”". Somente na década de 1930 é que a disciplina de didática foi introduzida nos cursos de formação de professores de nível superior no Brasil (Art. 20 da Lei nº. 1190/39)…
Bem, diante do exposto e levando também em consideração o conteúdo do nosso material didático – Unidade I, é bastante relevante pensarmos que para que aconteça, ou para que se obtenha uma boa qualidade de ensino e uma boa aula é necessária uma preparação adequada.  Por isso a abordagem é: Acreditamos que a discussão sobre a metodologia e a didática no ensino superior é de suma importância para a preparação do sujeito que se propõe a ser docente no superior e/ou na Pós-graduação. Algo bastante chamativo nesse conteúdo é o apelo quanto à oferta desta disciplina nos cursos de pós- graduação já que a própria tomou forma de assunto quase que obrigatório, dada a sua importância.
Dentro desse mesmo contexto destacam-se os planejamentos, sendo que o conceito de planejar é: Levantar a situação atual, estabelecer o que se deve mudar e organizar a ação futura. A fim de se obter: Maior eficiência, maior exatidão, maior rendimento e minimização dos custos.
Por exemplo: O Planejamento no Ensino Superior é destacado por Libâneo (1994) da seguinte forma – O planejamento se caracteriza como processos de tomada de decisões; de pensar antes, durante e depois da ação; de prever necessidades, racionalização dos meios e dos recursos humanos e materiais, visando ao alcance de objetivos em prazos e etapas definidas e requerendo conhecimentos e avaliação científica da situação original. –
Pois segundo Gil (2005), o planejamento é imprescindível, visto que (...) à medida que as ações docentes são planejadas, evita-se a improvisação, garante maior probabilidade de alcance dos objetivos, obtém-se maior segurança na direção do ensino e também maior economia de tempo e energia.
A temática, portanto explorou também os conceitos de planejamento educacional, curricular e planejamento de ensino donde fica culminado com a elaboração de planos de ensino que é constituído por uma previsão das atividades a serem desenvolvidas ao longo de uma ano ou semestre, é um marco de referências para as ações do professor voltadas para o alcance dos objetivos da disciplina.
Os planos de unidade e de aula não são obrigatórios, ficam a critério dos docentes utilizá-lo ou não. Vale lembrar que: Planejamento não é apenas um amontoado de planos, e tem de ser flexível.

FONTES DE PESQUISA:

http://www.pedagogiaaopedaletra.com.br/posts/didatica-do-ensino-superior/ texto de: FONSECA, EMÍLIO PRADO (2012) – Didática do Ensino Superior.

Caderno Didático: UNIDADE I – Didática do Ensino Superior e Organização e Organização do Trabalho Pedagógico.

domingo, 10 de março de 2013

HISTÓRICO DA EAD NO BRASIL


A fundação Roberto Marinho juntamente com a Fundação das Indústrias de São Paulo lançou na década de 70, o Telecurso, que surgiu aproveitando-se da idéia de que a TV é uma importante ferramenta para disseminar o conhecimento. O Telecurso é um método de ensino supletivo que tem por objetivo oferecer oportunidades de crescimento profissional e pessoal aos brasileiros. O primeiro curso oferecido pelo Telecurso foi o de Mecânica, possibilitando ao aluno a escolha por um estudo individualizado ou em grupos que se reúnem para assistir as aulas pela televisão ou videocassete com o apoio de orientadores.
Do ano de 1966 a 1974, foram instaladas nove emissoras de televisão educativa: a TV Universitária de Pernambuco, a TV Educativa do Rio de Janeiro, a TV Cultura de São Paulo, a TV Educativa do Amazonas, a TV Educativa o Maranhão, a TV Universitária do Rio Grande do Norte, a TV E ducativa do Rio Grande do Sul.
Inicia-se em 1979, na Universidade de Brasília, através de cursos de extensão,
uma experiência de EAD, oferecendo mais de 20 cursos para pessoas de todos os estados, sendo que seis destes cursos trazidos da Open University.
 Em 1989, por meio da CEAD, representantes de diversas Universidades públicas, reunidas em Brasília, lançaram a Rede Brasileira de Educação a Distância. Cinco anos mais tarde, em 1994, em parceria com o Instituto Nacional de Educação a Distância (INED) e com a UNESCO foi criado o Fórum de Educação a Distância do Distrito Federal.
Em 1992, a Universidade Aberta de Brasília foi criada com a ampliação do
conhecimento cultural, organização de cursos específicos de acesso a todos, educação continuada, reciclagem profissional de diversas categorias de trabalhadores e egressos da universidade, graduação e pós-graduação.
As universidades brasileiras passaram a se dedicar à pesquisa e à oferta de
cursos superiores a distância e ao uso de novas tecnologias nesse processo a partir de 1994, com a expansão da Internet nas Universidades de Ensino Superior (IES) e com a publicação da Lei de Diretrizes e Bases para a Educação Nacional (LDB), em 1996, que oficializou a EAD como modalidade válida e equivalente para todos os níveis de ensino.
Quase dez anos após a LDB, o Governo Federal nos apresentou o conceito oficial de Educação a Distância, pelo decreto nº. 5622, de 19 de dezembro de 2005:(...) é uma modalidade educacional na qual a mediação didática-pedagógica, nos processos de ensino e aprendizagem, ocorre com a utilização de meios e tecnologias de informação e comunicação, com estudantes e professores desenvolvendo atividades educativas em lugares ou tempos diversos.
Em 1997, passaram a existir ambientes virtuais de aprendizagem em Universidades e centros de pesquisa, com oferta de cursos de pós-graduação latu sensu via Internet, demarcando, assim, entre 1996 e 1997, o nascimento da universidade virtual no Brasil.

TEXTO (adaptado) retirado do endereço: www.emaberto.inep.gov.br/index.php/emaberto/article/view/.../950



Como aprendemos a ser um bom professor
Aí é que tá... Tem escola para tudo, até mesmo para ser um bom professor. O que nós estamos fazendo no momento é algo que vai nos tornar com certeza melhores do que já somos. Digo, se o educador estiver aberto para o novo, ele sempre terá uma chance de ser bom no que faz. Vale lembrar que existe uma palavra chave muito usada no discurso que é vocação, algo que deverá sempre ser levado a sério em qualquer profissão. Pois, é isso que o tornará bom sempre, e não por alguns minutos ou alguns dias.

O que faz um bom professor de educação à distância
Tudo aquilo que o professor de educação presencial faz. O que vai diferenciá-los é a metodologia que por sua vez é medida e compreendida pelos recursos tecnológicos. Dentro dessa reflexão nós podemos trabalhar as possibilidades que os recursos podem trazer além de fazer o aluno pensar e responder perguntas. Temos que admitir que o professor/tutor tem que, de certa forma saber envolver o aluno no que diz respeito ao aproveitamento do seu tempo e espaço. Algo que não é muito levado em consideração no ensino presencial.

Como os professores de EAD aprendem a ensinar
Tirando a experiência que cada um possa ter, acho que muito do que eles aprendem são ensinados pelos seus próprios alunos. Parece estranho, mas o “contato” e/ou a troca de conhecimentos entre alunos e professores na EAD é mais intensa que no ensino presencial, tendo em vista que o aluno se expõe mais. Isso faz com que o aprendizado seja mútuo, virando de um sonho a realidade. Volto a dizer que a aptidão para as novas tecnologias é necessária. E na medida em que elas forem bem conduzidas, os resultados na elaboração do ensino-aprendizagem serão mais bem sucedidos. Acho que essa troca de conhecimentos é fundamental na evolução do aprendizado do próprio professor.